Resenha: (Livro) Inferno – Dan Brown

~ ~ ~ ALERTA DE FÃ NA ÁREA ~ ~ ~

Já quero avisar que vai ser um texto longo e vou tentar te convencer a ler esse livro. Sou fã do Dan Brow e principalmente do livro em questão! Prepara o café e vamos ler!


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Nome: Inferno (Inferno)

Autor: Dan Brown

Editora: Arqueiro

Edição:  1ª

Páginas: 448

Sinopse: No coração da Itália, Robert Langdon, o professor de Simbologia de Harvard, é arrastado para um mundo angustiante centrado numa das obras literárias mais duradouras e misteriosas da história: O Inferno, de Dante Alighieri. Numa corrida contra o tempo, ele luta contra um adversário assustador e enfrenta um enigma engenhoso que o leva para uma clássica paisagem de arte, passagens secretas e ciência futurística. Tendo como pano de fundo poema de Dante, e mergulha numa caçada frenética para encontrar respostas e decidir em quem confiar, antes que o mundo que conhecemos seja destruído.

Com O Código da Vinci eu tive uma história de amor um tanto complicada, com um típico relacionamento de adolescentes, mas isso eu conto depois, em outro comentário. Anjos e Demônios foi uma ótima leitura também, a qual me manteve preso dentro de casa durante um final de semana todo. E O Símbolo Perdido? Aquele livro é uma representação escrita da minha filosofia de vida! Uma pena não ter tido adaptação cinematográfica, por causa dessa linha de pensamento específica. Seria bom mostrar novos horizontes às pessoas…

E então, surgiu o Inferno!

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No dia que soube sobre o pano de fundo desse livro, minhas expectativas subiram a mil! Quando li o livro, não me arrependi em nenhum capítulo!

Já nas primeiras páginas o autor te prende e não te deixa respirar até o momento da verdade. Como assim nosso amado e respeitado Professor de História da Arte Robert Langdon está sem memória? Como assim ele não lembra de nada? Como assim ele está numa cama, em um hospital? Como assim?!

Você percebe que a situação se complica quando o personagem principal começa a ter uns flashes de memória um tanto desconfortáveis e sem sentido. A ação logo em seguida te deixa ainda mais encabulado. E, como característica do Dan Brown, cada capítulo te deixa com um gostinho de quero mais. Ao se dar conta, metade do livro já foi. Ao parar para respirar, já terminou o livro. A única reação que você terá é olhar para o nada e, com o ar saindo lentamente da sua boca, dizer: uau!

Por que eu admiro tanto esse livro? O dilema por trás da história, é claro. Como sabemos, a temática trazida pelo autor é a super população, a overpopulation, o excesso de pessoas no mundo. Não, ele simplesmente não inventa essa historinha, ele traz dados com fontes reais e situações verdadeiras para provar aquilo que fala. Ele, o autor, joga na cara do leitor a verdade: o mundo está ficando super povoado. A raça humana está crescendo em uma velocidade exponencial, rápida demais para a vida na Terra suportar. Se continuarmos assim, é apresentado no livro, não teremos outra opção senão reduzir nosso número. Em outras palavras, teríamos que diminuir a quantidade de pessoas no planeta. Mas, como?

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Os 9 círculos do Inferno

Usar o Inferno de Dante como base para sua história foi uma jogada de mestre! Meu respeito por Dan Brown aumentou exponencialmente (olha a referência!) após esse movimento. De maneira geral, o Inferno criado por Dante é um lugar onde se encontram nove círculos – lugares – por onde os pecadores devem passar para chegar até o céu (daí o ditado para se chegar ao céu, tem-se que passa pelo inferno, ou algo do tipo). Isso, claro, na história de Dante, no livro A Divina Comédia – mais um para a minha lista. Com essa ideia, para que o mundo volte a ser um lugar calmo, com menos pessoas caminhando sobre a superfície terrestre, nada melhor do que mandá-las para o inferno, certo? É isso que o antagonista pensa.

Durante a história, descobrem que há um vírus criado por um cientista que tem por objetivo reduzir a população mundial. Esse mesmo cientista apresentou os dados da overpopulation para os políticos influentes e para a OMS (Organização Mundial da Saúde), mas ninguém pareceu dar ouvidos a ele, como já é de se esperar. Fora tachado de maluco e jogado no esquecimento. Por fim, decidiu se isolar do mundo através de uma empresa que mantém sigilo secreto sobre seus clientes – eles te escondem de verdade, como se você não existisse – e dar início ao seu vírus. Com a praga criada e com uma paixão por quebra-cabeças, o cientista deixa a caixa que contém o vírus escondida em algum lugar e lança um quebra-cabeça com códigos e mensagens para sua “amiga” descobrir e liberá-la, visto que o coitado do cientista maluco não vê outra escapatória a não ser se matar pulando do alto de uma torre – convenhamos, ele estava sendo cercado pelo governo. A OMS, logo, decide chamar alguém que possui a capacidade única de resolver esses puzzles. Quem? Quem? Quem? Robert Langdon! Claro, quem mais poderia ser?

Aí a história começa… Enigmas a resolver e um mundo para salvar. Clássica receita de bolo do Tio Dan Brown. O vírus iria acabar com metade da população mundial, mas como? Esse questionamento deixou todos muito preocupados: peste negra? Lepra? Doenças incuráveis? O cenário que tomou a imaginação coletiva foi de horror e desgraça. O mundo precisava ser salvo o mais rápido possível! Seria Langdon capaz de salvar o mundo mais um vez? E se ele falhasse, como seria de nós?

Enquanto fazia sua corrida contra o tempo, as lembranças confusas voltavam à tona cada vez que ele conhecia uma pessoa nova, alguém que supostamente já o conhecia. Nós nos encontramos antes, professor, uma frase repetida por quase todos que ia de encontro a Langdom. Mas eu não me lembro de você, pensava o professor. Essa falha de memória é de longe o maior pesadelo do nosso protagonista! E por falar em pesadelos, dormir era algo a se fazer de menos, pois os “sonhos” eram mensagens codificadas que não faziam sentido algum! Ah, Robert Langdom, onde foi que você se se meteu dessa vez?

Imagem relacionadaCom a ajuda do governo dos Estados Unidos e com uma companheira – sempre tem uma mulher para fazer par nas aventuras do nosso professor de Harvard – a história vai se desenrolando e o clima esquentando! Mortes, segredos e reviravoltas fazem você se prender e não parar de pensar “e agora?” a cada página virada! O final?

O final é surpreendente… Se você não leu o livro e não quer receber spoiler, recomendo que pule para o parágrafo final, pois não vou deixar de comentar o clímax da história.

SPOILER: O final do livro pode ser considerado como o aspecto mais polêmico que o autor traz. Sabe aquele vírus que o cientista criou? Pois bem, Langdon tinha cerca de 7 dias para evitar a abertura da caixa que continha a praga – eles passam a chama-la de praga – e salvar o mundo. Porém, esse mesmo vírus já havia sido liberado pelo cientista no mesmo dia que Robert Langdon recebeu a notícia sobre sua existência. Ou seja, o vírus que eles estavam tentando evitar já estava espalhado pelo mundo durante uma semana! É uma praga que se espalha pelo ar, então a transmissão da mesma é rápida e eficaz. Quando descobrem isso, Langdon e sua equipe se perguntam “então porque ninguém está morto? Por que não vejo pessoas enfermas ou noticiários sobre hospitais lotados devido a uma doença nova?” A resposta a essa perguntas vem à tona quando a diretora, se não me engano, da OMS liga para Robert e lhe comunica que uma das pessoas infectadas pelo vírus possuía sua saúde normal, com apenas uma exceção: era estéril. A princípio, achavam que era uma condição específica desse rapaz, mas exames com outras pessoas também infectadas mostraram que todos haviam se transformados em estéreis (não podem mais ter filhos, para os leigos). Com o som de uma moeda, a ficha caiu.

O vírus criado pelo cientista não matava as pessoas ou as transformava em zumbi, como temia Langdom. Ele deixava as pessoas estéreis. O ser-humano não pode mais se reproduzir. Felizmente, outras pessoas contaminadas não tiveram esse efeito, então apenas uma parcela da população está estéril. Dessa forma, o número de pessoas irá diminuir drasticamente, pois milhares de homens e mulheres não poderão ter filhos. Com isso, a quantidade de humanos sobre a terra irá diminuir, e a situação planetária voltará ao controle. Não existirá a superpopulação nos próximos anos.

E por que eu disse que essa foi a parte mais polêmica? Particularmente, eu considero essa atitude positiva, pois assim o número de pessoas irá diminuir e não será necessário matar uns aos outros para sobreviver – e não é um caso de aborto, pois não houve ou haverá uma vida para matar. As pessoas, se quiserem ter filhos, deverão adotar as crianças do orfanato ou de lugares necessitados. Elas deverão compartilhar o amor ao próximo. Elas terão que dividir. Os dados mostram que estamos ficando em excesso no nosso planetinha azul. Se não tomarmos cuidado, chegaremos ao limite.

Você concorda com a atitude do cientista? Você acha que esse lance de superpopulação é bobeira e que isso não é motivo para perder o sono? O que você faria frente a esses dados? Se fosse verdade, se estivéssemos vivendo essa situação, que solução você teria?

Minha resposta é: o mesmo que o cientista. Situações extremas pedem medidas extremas.

Tive amigos que me xingaram por eu concordar com a historia do autor e por compartilhar dessa mesma filosofia: o mundo está ficando lotado. Precisamos agir! Mas, como? É por isso que digo que esse livro é o meu preferido. Minha vida mudou após a leitura do mesmo. Meus pensamentos passaram a ser mais críticos em relação a certas situações. Acredito que esse tenha sido o propósito do autor quando escreveu sua história. Se foi, conseguiu me atingir em cheio! E sou muito grato por isso! Espero que o próximo livro seja tão bom quanto!

E por falar em próximo livro, fiquei sabendo que se chamará Origem, se passará na Espanha e nos países da América Latina e que terá algo a ver com a criação, evolução e afins. Bom, não vou criar muitas expectativas, pois quero ser pego de surpresa! Só tenho uma dúvida: se for uma continuação das aventuras de Robert Langdon, ela será fiel ao vírus da esterilidade? Esperemos…

Palavras finais: não irei nem comentar sobre a adaptação cinematográfica! Criei expectativas demais e me arrependi. Um inferno! Alterações leves na história é uma coisa, mas alterar o final só para agradar o público já é demais pra mim! Uma pena!

Peço desculpas pelo comentário longo, mas esse livro é bom demais para falar pouco! rs

Avaliação: 10 / 10


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Um abraço!

Jeferson Bastos

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