Depois das lutas, quem paga pelos estragos?

Essa semana eu assisti ao episódio Man of Steel, o terceiro da quarta temporada de Supergirl e um assunto me chamou a atenção. Sem dar spoiller, o que acontece é o seguinte: um homem tem sua casa e família destruídas devido as guerras entre a Supergirl e os diversos vilões, dentre eles os principais.

Indignado, o rapaz levanta a seguinte questão: quem vai pagar pelos estragos feitos aos cidadãos comuns devido às guerras entre os heróis e os vilões? Casas, fazendas, lojas e até prédios são destruídos em meio à euforia dos protagonistas e tudo parece ficar “de boas” depois que eles resolvem os problemas deles. Mas, e os estragos feitos?

O contexto é a América, os Estados Unidos, então tudo que foi citado no episódio  está politicamente relacionado ao governo americano. Porém, essa situação poderia vir a ser universal. Afinal, os Estados Unidos não são o centro do universo e nem do mundo, como a mídia americana tenta mostrar – ou nunca percebeu que tudo que acontece é em solos americanos?

Pois bem, os alienígenas chegam à Terra, lutam contra os heróis, destroem a cidade inteira, morrem/vão embora e os heróis também. Beleza, mas e o estrago? E os prédios destruídos, ruas obstruídas, rios contaminados, praças e florestas devastadas e as famílias destruídas? Como fica? Quem paga por tudo isso?

Se você assistiu aos Power Rangers, sabe como uma simples luta pode destruir uma cidade inteira.

A pergunta principal a ser feita é: de quem é a obrigação de ajudar ou o dever para com as pessoas inocentes que saíram lesionadas em meio a tudo isso?

No episódio que assisti, o rapaz tentou culpar o governo americano e depois a principal revista de notícias do estado, a CatCo. O problema, porém, é que tanto eles quanto esse rapaz também são vítimas desses incidentes. Foi aí que parei para me perguntar: como seria na vida real?

Acredito que se super-heróis fossem reais e cenas assim comuns, o governo de todos os países entrariam em unanimidade para criar um sistema de proteção ao cidadão. Eles iriam criar alguma espécie de bolsa ou financiamento para que uma porcentagem dos gastos sejam pagas pelo governo, a fim de minimizar os estragos. Além disso, encontrariam uma forma de obter respaldo ou qualquer ajuda dos heróis, visto que “quem quebrou, deve pagar”.

Essa minha mentalidade remete a algo que você provavelmente já ouviu falar: o filme “Capitão América: Guerra Civil”. Nele, temos o governo americano agindo de maneira similar ao querer, de forma mais agressiva, controlar os super-heróis, decidindo quando e onde devem agir. Como disse, uma forma agressiva, pois todo cidadão tem o direito à liberdade de ir e vir anda bem quiser. É mundial, faz parte dos Direitos Humanos.

Controlar os heróis, portanto, não seria uma boa ideia. Deixar os cidadãos na mão e sem qualquer ajuda também não é favorável. Ajudar a combater os invasores e inimigos, talvez, seja bem mais plausível. De qualquer forma, isso não evitaria os estragos, mas  os diminuiria bastante.

É tudo ficcional, sabemos que isso nunca iria acontecer in real life, mas não custa nada conjecturar sobre essa possibilidade nesse universo infinito, não é mesmo?

Agora, acredito que cada país teria uma reação diferente frente à ameaça alienígena ou surreal, principalmente aqui no Brasil. Mas não posso deixar de imaginar que juntos iríamos tentar encontrar a melhor saída para todos os moradores e pessoas de bem que, infelizmente, seriam prejudicadas. A empatia é um grande superpoder.

E você, de quem acha que seria a responsabilidade pelos estragos causados pelos heróis e vilões?

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