Resenha: (Série) Iron Fist

Leitores, o atraso das minhas postagens se dá porque eu estive assistindo – maratonando, melhor dizendo – a série Iron Fist (Punho de Ferro). O fiz em pouco tempo porque gosto de poder comentar logo e ter assunto para debater. Prepare a cadeira e venha ver o que eu achei desse original Netflix! (O texto está um pouco longo)

Imagem relacionadaNome: Iron Fist (Punho de Ferro)

 

Episódios e Temporadas:

1ª Temporada – 13 episódios

 

Sinopse: “Retornando para Nova Iorque após anos desaparecido, Daniel Rand luta contra o crime e a corrupção com suas incríveis técnicas de kung-fu e o poder de convocar as habilidades do temível Punho de Ferro”

Antes de começar, seria bom saber se você já assistiu às séries Demolidor, Jessica Jones e Luke Cage, todos originais da Netflix. Assistiu? Espero que sim. Por quê? Porque Iron Fist possui referências a essas séries e, apesar de não ter nenhuma influência na história, você sente como se fosse tudo parte de uma série só, de uma única história, pedaços diferentes de um trama que irão se conectar em breve – de fato, isto irá acontecer. Para quem não sabe, a Netflix lançará a série The Defenders (Os Defensores), onde reunirá esses heróis e vilões em um mesmo lugar. Os acontecimentos principais ficam por conta da história de vida de cada herói, e isso inclui os vilões principais de cada um. Afinal, cada herói tem seu inimigo, certo? Em segundo plano, temos os “vilões” que se ligam (in)diretamente a cada herói. O que quero dizer é que o pano de fundo que todas essas séries citadas acima possuem é o mesmo: tráfico de drogas. Os personagens que fazem isso acontecer são “os mesmos”, pois pertencem a uma organização que quer dominar a cidade através da produção e venda de drogas sintéticas (único meio que garante muita grana, não é mesmo?). Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage e Iron Fist se conectam através disso, pois o inimigo é tão poderoso que consegue alcançar vários lugares diferentes – cidades.

== REFERÊNCIAS E CONEXÕES ==

O principal elo entre eles é a personagem Claire, uma médica que aparece em Demolidor como ajudante. Ela encontra Matt Murdock todo ferido em uma lixeira e toma conta dele. Óbvio, ele estava com sua roupa de vigilante e aí ela acaba descobrindo tudo. A partir daí, “coincidentemente”, ela vai se encontrando com os outros, como a Jessica Jones, o Luke Cage e, por último, o Danny Rand (Iron Fist). Ela não deseja nada disso, mas acontece, não é mesmo?

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Claire e Danny/Iron Fist
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Claire e Jessica Jones
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Claire e Matt Murdock/Demolidor
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Clair e Luke Cage

Outros personagens que se conectam são a Madame Gao e a Jeri Hogarth. Gao é aquela velhinha que você sente prazer em odiar, pois ela consegue ser um personagem bem filho da mãe! Sabe, muitas vezes queria vê-la apanhando feio do Demolidor ou do Iron Fist, mas isso não acontece… Ela é uma, digamos, membro sênior,  líder da organização do mal The Hand (O Tentáculo – sim, essa é a tradução…). Jeri Hogarth, por outro lado, é uma empresária que contrata os serviços da Jessica Jones e também aparece como uma associada, se não me engano, da empresa do Danny, a Rand Entrepise (ou seria Meachun?). Ela faz menção à Jessica em comentários, assim como todas as referências nessa série. Joy, irmã do Ward, donos da empresa Rand, contrata a Jessica Jones para fazer uma investigação que ela mesma criou, mas isso não fica totalmente exposto na série, quero dizer, ela arma tudo e depois comenta eu contratei uma ótima investigadora. Ótima quando não está de cara cheia. Para quem conhece a Jessica, isso é mais do que o suficiente.

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Madame Gao
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Jeri Hogarth

Ah, tem a roupa que a Claire empresta ao Danny, onde ocorreu mais ou menos o seguinte diálogo:

Claire: Você precisa se trocar. Tenho uma blusa limpa aqui. A mais limpa, na verdade. (Pega uma camisa e joga para o Danny) Era de um amigo meu. Ele esqueceu aqui.

Danny: (Mexe na blusa e coloca o dedo em um buraco que há nela, no peito) Esse seu amigo está bem?

Claire: Sim, ele é bem forte.

Quer que eu desenhe? Não, melhor você assistir à serie, não acha?

== A SÉRIE ==

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Infelizmente, meu parecer vai ser um tanto negativo. Não vou usar minhas expectativas como desculpa porque não acho que elas sejam a culpada para minha tristeza em relação à série. Não conheço bem o herói e não sei muito da dua vida, sua história, seus conflitos, seus inimigos e tudo mais, então isso pode fazer com que eu não tenha entendido muito o que a série teve a oferecer – diferentemente do Demolidor, onde já possuía um conhecimento prévio do herói e dos vilões.

Vou definir a série com as seguintes palavras: lenta, fraca e forçada. Sim, bem negativo, não? Se alguém tiver um ponto positivo, favor me apresentar, pois quero muito ter algo bom para falar sobre ela. Vou tentar sintetizar em tópicos os meus argumentos.

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Lenta: talvez por ser uma série de herói, eu esperava mais ação, mais cenas de luta e situações de tirar o fôlego. Nada disso aconteceu na quantidade certa ou necessária. Não, não estou dizendo que as cenas de lutas foram ruins ou que não vingaram o personagem. Nada disso! As lutas foram boas e bem encenadas. O que quero dizer é que foram poucos momentos de pancadaria, briga, luta ou um soco aqui e um chute ali. Digo que foi 1 episódio de luta a cada 3 de trama. Ou seja, muito pouco, e isso deixa tudo bem “sem graça” – lembre-se: estamos falando de um herói que luta!

Outro motivo para ser uma série lenta é o storytelling, o enredo é desenvolvido aos poucos. Parece que os produtores foram dando muita atenção aos mínimos detalhes e se esqueceram dos pontos mais importantes. Haviam cenas lá que, sinceramente, poderiam ser reduzidas e cortadas, até mesmo ignoradas. A parte onde o “pai morto” retorna, na praça e no hidrante, é um bom exemplo do que poderia ser reduzido ou cortado. Enfim, o foco ficou um pouco disperso.

Uma das coisas que não entendi muito bem o porquê de focar tanto e depois deixar de lado foi o falcão, lá no início, quando Danny encontra um morador de rua e passa a conviver com ele. Ao  descobrir a tatuagem no braço dele, após sua morte, uma lembrança de um falcão voando lhe vem à mente. Depois disso, esse falcão só reaparece nos episódios finais, como lembrança de que o lugar dele – Iron Fist – é no reino K’un-lun. Não poderiam colocar isso como apenas uma lembrança rápida ou mesmo um recorte temporal? Não, eles dedicaram um tempo extra para tudo isso.

Ainda, é lento no desenvolvimento do personagem. Tudo bem que é legal a gente acompanhar como o herói cresce até sere “digno” de usar um nome e uma vestimenta, mas com Iron Fist é demais. O personagem é muito indeciso, parecendo uma criança – talvez esse tenha sido o motivo da enrolação, para mostrar que, apesar de tudo, ele continua sendo a quela criança que caiu  “do céu”, preso ao passado. Por conta disso, não é capaz de usar todo  o poder do Iron Fist que lhe foi dado. Tivemos que assistir cerca de 13 horas para ver ele tomando a decisão, após sofrer no seu interior, de voltar para o monastério onde treinou. É, pois, cansativo demais acompanhar uma história assim. Merecia mais agilização, como Demolidor e Jessica Jones.

Fraca: aqui é no sentido de falta de assunto. Como explicado anteriormente, o foco é o desenvolvimento do personagem, mas além disso há os personagens secundários e a história de fundo. Muito foi dado ao drama da empresa e aos problemas pessoais dos personagens secundários. Não é de meu interesse se a empresa vai ficar mais rica ou mais pobre, se vai ter que tomar atitudes grosseiras por causa do mau comportamento do Danny ou o que eles precisam fazer para manter a empresa no alto. Isso pode ser contado em pequenas partes, não precisa ficar dedicando preciosos minutos com diálogos entre os diretores e co-operadores sobre o que fazer. Os personagens secundários só importam porque possuem um papel “importante” na série, senão não seria legal passar minutos mostrando o que eles fazem para sobreviver.

Forçada: acredito que essa seja a parte onde resumo tudo o que falei. A progressão é lenta e o enredo é fraco. Resultado: uma série com sensação de ser forçada. Você termina e pensa: poxa, poderiam ter feito em menos tempo.  Eu entendo perfeitamente que essa série, assim como as outras, está sendo lançada para apresentar o heróis ao público e, principalmente, para dar um sentido maior à série The Defenders (Os Defensores). O problema é que a impressão que dá é a de ser algo que precisa ser feito, e não que gostaríamos de fazer, entendem? O trabalho e a atuação dos atores está ótimo, sem dúvida. Infelizmente, o resultado fica meio insatisfatório – pelo menos para mim. Como sou fã de séries do tipo e quero ver todos eles juntos, faço questão de assistir e ficar horas na frente do computador comendo e bebendo,  até mesmo quando me sinto “forçado” a fazer tal coisa.

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== PARECER ==

A série em si não é de todo mal. Talvez eu que seja exigente demais ou ignorante demais em relação ao personagem principal. Como o que eu mais gosto são as referências, me senti satisfeito por entender todas elas. Não vou negar, claro, que houve momentos ali onde eu vibrei de emoção, mas não teve nada de especial. Não teve drama para me fazer chorar, como nas outras. Não teve momentos hilário nem mesmo engraçados para me deixar rindo sozinho.  Não prendeu minha atenção como deveria, e isso é ruim, pois desanima a continuar e torna a série um fardo. Enfim, não fiquei totalmente satisfeito com Iron Fist, mas não vou jogar tudo no lixo. Essa série merece uma chance e, se assim for, uma segunda temporada que valha – e muito – a pena de ficar horas confinado em frente ao computador!

Avaliação: 7/10

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Um abraço

Jeferson Bastos

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